O modo unidimensional da valva pulmonar demonstra achados muito úteis na identificação de um regime de hipertensão pulmonar significativa.
Ao analisarmos o modo M de uma valva pulmonar normal identificamos, conforme a figura 1, a onda A e os pontos B, C, D e E. A onda A representa o abaulamento diastólico que a valva pulmonar sofre em direção ao tronco pulmonar durante a última fase da diástole (contração atrial) em um paciente com regime de pressão pulmonar normal. Os pontos B, C, D e E representam, respectivamente, o início da abertura da valva pulmonar, os momentos inicial e final em que valva pulmonar apresenta sua maior abertura e o exato tempo de fechamento da valva pulmonar ao término da ejeção pulmonar.

Diante de um regime de hipertensão pulmonar significativa, observam-se dois achados clássicos ao modo unidimensional da valva pulmonar: ausência da onda A e um “notch” sistólico da rampa C-D com “fluttering” da mesma conforme demonstrado na figura 2.

A ausência da onda A se deve ao fato de no momento da contração atrial o enchimento ventricular ser insuficiente para “empurrar” a valva pulmonar em direção ao tronco pulmonar pelo fato da pressão diastólica da artéria pulmonar estar níveis muito elevados.
Já o “fluttering” da rampa C-D com seu “notch” sistólico, gerando um aspecto de “Flying W” se deve a pressão sistólica da artéria pulmonar durante a mesossístole estar em níveis tão elevados que tende a forçar um fechamento precoce da valva pulmonar com sua vibração anormal. A imagem ecocardiográfica da figura 3 exemplifica bem estes achados.

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